• "Quanto mais sábia é uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre"

24 de set. de 2012

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OS POETAS


Sérgio Lopes

Poetas são, por natureza, inconformados
Com a despoesia das vidas acinzentadas;
Com o sacrifício dos amores anulados
Pelo egoísmo das pessoas mal amadas

Poetas são, por natureza, solitários
A multidão que o acompanha são seus versos
No tempo em que viver são como missionários
De um lado a outro, seus escritos são dispersos

Mas quando finalmente morrem os poetas
Surgem os críticos, editores com suas metas
De publicar cada soneto rabiscado;

E só assim o mundo aceita a poesia:
Sendo o poeta vivente, ninguém ouvia.
Quando se cala, seu poema é idolatrado.

10 de set. de 2012

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VOCÊ ME LEVANTA


Quando eu estou abatido, oh minha alma tão cansada
Quando preocupações surgem e meu coração fica carregado
Então, eu me acalmo e espero aqui em silêncio
Até você vir e sentar-se por algum tempo comigo
Você me levanta, de modo que eu posso ficar em pé sobre as montanhas
Você me levanta para andar em mares tempestuosos
Eu sou forte quando estou em seus ombros
Você me levanta, mais do que eu posso ser
Você me levanta, de modo que eu posso ficar em pé sobre as montanhas
Você me levanta para andar em mares tempestuosos
Eu sou forte quando estou em seus ombros
Você me levanta, mais do que eu posso ser
Não há vida - não há vida sem este desejo
Cada batida do coração impaciente, tão imperfeita
Mas quando você chega, eu me surpreendo
Às vezes, eu acho ter vislumbrado a eternidade
Você me levanta, de modo que eu posso ficar em pé sobre as montanhas
Você me levanta para andar em mares tempestuosos
Eu sou forte quando estou em seus ombros
Você me levanta, mais do que eu posso ser
Você me levanta, de modo que eu posso ficar em pé sobre as montanhas
Você me levanta para andar em mares tempestuosos
Eu sou forte quando estou em seus ombros
Você me levanta, mais do que eu posso ser

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A BELEZA DE JESUS CRISTO


Em Cantares 5.16 lemos: "...ele é totalmente desejável". Isso não pode ser dito a respeito de nenhum outro a não ser de Jesus Cristo.

Qualquer outra grandeza é corrompida por pequenez, qualquer outra sabedoria é arrasada por tolice, qualquer outra bondade vem maculada por imperfeição. Jesus Cristo é o único do qual se pode afirmar que nEle tudo é amável e belo.

Sua beleza reside em Sua perfeita humanidade. Ele se identificou conosco em tudo, exceto com nosso pecado e com nossa natureza má. Ele teve de crescer fisicamente, como nós, mas Ele também cresceu na graça. Ele trabalhou, chorou, orou e amou. Em todas as coisas Ele foi tentado como nós, mas permaneceu sem pecado.

Como Filho de Deus, Ele entra em nossa vida no século XX de maneira tão simples e natural como se tivesse morado em nossa rua. Ele é um dos nossos em tudo. Ele entra em uma vida cheia de pecado assim como um rio limpo e transparente lança suas águas em um lago parado. O rio não teme a contaminação, é ele que limpa o lago com sua força.

Cristo também possui perfeita compaixão. Pensemos apenas no "rebanho sem pastor" ou na viúva enlutada de Naim. Será que alguma vez você viu Jesus procurando pessoas que "mereciam" que Ele se compadecesse delas? Dele está escrito simplesmente que: "... compadeceu-se dela e curou os seus enfermos" (Mt 14.14b). Que glória reside em sua misericórdia! Naquela época significava contaminação a aproximação com os pobres leprosos, mas o contato com a mão de Jesus os curava e purificava.

A perfeita humildade de Jesus Cristo é extremamente amável. Ele, o único que poderia ter escolhido como desejava nascer, entrou nesta vida como um dentre muitos. Ele disse: "...no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22.27b), e está escrito que Ele "deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido" (Jo 13.5). E também está escrito que Ele "quando ultrajado, não revidava com ultraje" (1 Pe 2.23).

Jesus Cristo também possui perfeita mansidão. Como Ele é meigo, mas também fiel, altruísta e devotado. Quando falou com a mulher calada, desesperada, depois que os seus acusadores foram se retirando um por um, toda a Sua amável mansidão se mostrou.

Até na hora da Sua morte, Ele ouviu o clamor de uma fé em desespero. Antigamente, quando os vencedores voltavam das guerras, traziam seus prisioneiros mais importantes como troféus de vitória. Para Jesus Cristo foi suficiente chegar ao céu trazendo a alma de um ladrão.

Finalmente, olhemos para Seu perfeito equilíbrio interior. Ainda poderíamos falar muito sobre Sua dignidade, sua varonilidade, sobre Sua coragem. Nele se unem traços de um caráter perfeito e formam um equilíbrio maravilhoso. Sua mansidão nunca é delicada demais, sua coragem jamais é bruta.

Ele não é totalmente desejável? Você quer aceitá-lO como Salvador pessoal e igualmente descobrir Sua glória? Ele próprio disse: "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna" (Jo 6.47).

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PRESENCIALIDADE


A minha alma embala ao som de Sua ternura
O Teu amor me consome
A Tua essência emana doçura
Os Teus pés são como colunas de bronze
Os Teus passos são como exércitos a marchar, destilando força, poder e altivez
O lugar onde pisa nunca mais se torna o mesmo, até mesmo o pó recua-se em Tua presença
As Tuas veredas são precisas, equidade, retidão compõem o Seu caráter
O Seu olhar adentra-se como sonda a perscrutar o mais intimo do saber. Vem arrastando com extrema velocidade até que se possa ver o sentido do sentir
Não sou digna da Tua presença, assim mesmo, eleva-me com dignidade e faze-me deleitar nas veredas do Seu amor
Estive ataviada por longos anos, a somatória dos dias que se fizeram na terra, são testemunhas do quanto esperei por Ti
Dissestes que viria me buscar e confiante aguardei pela Sua chegada
Antes que os Teus lábios pronunciastes algo a Tua presença antecedeu a descortinar

Silvia Dias
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MARCAS QUE PROFESSAM


Ao mesmo tempo em um misto de reflexão e oposição, tento permear meticulosamente os terrenos áridos de um solo escaldante e árduo.
Sigo em frente na imensidão desse espaço, questionando-me a exatidão do tempo e local a ser explorado.
Permeia sobre esse mesmo solo o dilacerar sombrio e audacioso de uma esterilidade justa e egocêntrica.
Dentro desse espaço o tempo é como um todo e um todo são como um único tempo, horas tocando o inexistente, horas o inexistente tocando tudo em todo o tempo e local.
Coabitando com a realidade e esmagando a necessitada a cada passo percorrido.
Os sentidos tornam-se em dores e as dores são de fato sentidas a cada abdenegação retraída.
Se outrora a retratação existissem sobre as máscaras das inexperiências, em tempos específicos elas repaginam com o enclausuramento sobre os pilares da prudência e legitimidade.

Silvia Dias